quinta-feira, 25 de julho de 2013

BOTECO DAS ONZE



Ocupando uma parte do andar térreo da Casa das Onze Janelas, sobrado em estilo neoclássico português construído em meados do século XVII para uma residência particular e reformado ainda no mesmo século pelo arquiteto italiano Antônio José Landi – autor de importantes projetos na Amazônia durante o período colonial – desde o final de 2002 é considerado o maior espaço dedicado à arte contemporânea brasileira para as regiões Norte e Nordeste, fazendo parte do Projeto Feliz Lusitânia, obra que buscou a revitalização urbana do núcleo histórico da cidade de Belém. Como o nome diz, a casa tem onze janelas, cinco delas são ocupadas pelo Boteco, as outras fazem parte do Museu de Arte Contemporânea. Como a casa data do século XVIII, a equipe do arquiteto Paulo Chaves, autor e realizador do projeto, mescla o estilo arquitetônico da época com as necessidades de um restaurante contemporâneo.
Aliás, uma das características de seus projetos, tornando o local uma inusitada taverna medieval e  ponto obrigatório para quem conhece a cidade de Belém e freqüenta seus bares e restaurantes. O restaurante de aproximadamente 350 lugares é composto de três ambientes e mais um terraço ao ar livre com uma vista sem concorrência da Baía do Guajará, muito disputado na hora do happy hour. No salão principal e no bar, as paredes, de taipa de pilão (formigão) conferem ao ambiente um aspecto medieval, que se complementa com os tocheiros nas paredes entre as janelas com cortina de voil. A decoração é composta por pinturas e gravuras que retratam momentos da história do Estado do Pará colonial. É possível observar ainda, uma vitrine com vestígios arqueológicos encontrados durante a obra de revitalização da casa, como pedaços de jarros e garrafas de vidro, faianças, moedas e balas de canhão.
 As cadeiras de palhinha, como os botecos do passado, completam o ar nostálgico e um pequeno tablado de madeira comporta as apresentações musicais da casa.No bar, totalmente feito com madeira de demolição e utilizando pedaços dos trilhos da linha do bonde que circulava pelo local na belle epoque, as mesas tem base em ferro fundido com apoio tipo pata-de-leão, e uma das paredes em concreto aparente com palavras grafitadas e sucatas de instrumentos de sopro como decoração.A iluminação é baixa, quase indireta, colocada diretamente sob os barrotes aparentes que sustentam o assoalho em madeira de acapu e pau-amarelo do pavimento superior. Sofás feitos sob-medida em ferro com acabamento oxidado e estofamento em couro havana tornam os ambientes ainda mais aconchegantes. O piso, assim como em todo térreo da casa, foi feito com pedra cariri, lembrando o antigo piso de pedras coloniais. Além dos ambientes fechados, o Boteco ainda tem uma varanda coberta, com vista para os jardim posterior da Casa das Onze Janelas, de frente para a Baía do Guajará. Perto dali, em uma área totalmente ao ar livre, um terraço com a vista mais concorrida da Baía, de onde podemos apreciar os painéis do artista plástico português Júlio Pomar retratando os poetas lisboetas Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Manuel Bocage e Almada Negreiros, doados por instituições portuguesas.


                                                              botecodasonze.com.br

 Horário de funcionamento
  • Segunda-feira a partir das 17h.
  • Diariamente a partir das 12h

Aberto até o último cliente

O boteco espera por você a partir das 12h para almoço e só fechamos após sair o último cliente.

Aceitamos Cartões de Crédito

Aceitamos cartões de crédito Visa, Mastercard e Diners

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